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Aborto: a quem interessa?

Maria José Miranda Pereira, promotora de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília (DF), membro da Associação Nacional Mulheres pela Vida

BRASÍLIA, sexta-feira, 21 de julho de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir artigo de Maria José Miranda Pereira, promotora de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília (DF), membro da Associação Nacional Mulheres pela Vida, intitulado «Aborto: a quem interessa?». O texto foi publicado originalmente site Jus Navigandi, nº 1090, 26 de junho de 2006 (Cf. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8562).

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Aborto, a quem interessa?

“Certos fatos sobre o aborto precisam ser entendidos: nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto” (Relatório Kissinger, p. 182).

Uma pesquisa da Sensus realizada em abril de 2005 a pedido da Confederação Nacional de Transportes (CNT) revelou que 85% dos brasileiros são contrários à prática do aborto. Mesmo em caso de violência sexual, 49,5% são contrários, enquanto 43,5% são favoráveis e 7% não responderam [1].

A Folha de S. Paulo recentemente mostrou sua admiração pela “queda abissal” (sic) da aprovação pública ao aborto:

“Um dos aspectos que mais atraíram a atenção das pessoas ouvidas pela Folha a respeito dos resultados das chamadas ´questões morais´ da pesquisa Datafolha foi a queda abissal no índice de moradores de São Paulo que apóiam a legalização do aborto. Saiu de 43% em 1994, quando a maioria da população se declarava a favor da descriminalização, para 21% em 1997, já em segundo nas opções, para apenas 11% na pesquisa atual…” [2].

Paradoxalmente, estamos vendo parte do governo e de ONGs feministas numa busca frenética da liberação total do aborto. Por iniciativa do governo federal, foi instalada uma Comissão Tripartite para rever a legislação punitiva de tal crime. A Comissão foi composta por três partes: a primeira, abortistas do Poder Executivo; a segunda, abortistas do Poder Legislativo; a terceira, abortistas das ONGs financiadas com muitos dólares “representando” (?) a sociedade civil. Lamentavelmente, a Associação Nacional Mulheres pela Vida não foi convidada. O anteprojeto (ou “proposta normativa”) resultante do trabalho de tal Comissão dificilmente poderia ter saído pior.

Bíblia se difunde cada vez mais, mas permanece analfabetismo religioso

Resultados de um estudo realizado na Itália, Espanha e França

ROMA, quarta-feira, 28 de junho de 2006 (ZENIT.org).- A difusão da Bíblia e do Novo Testamento experimentam um grande crescimento, mas ao mesmo tempo persiste o fenômeno de uma cultura religiosa frágil. São estes os resultados de uma pesquisa encarregada pela Aliança Bíblica Universal (ABU), dirigida pelo professor Luca Diotallevi, da Universidade «Roma Tres».

A pesquisa envolve um período de três anos e inclui a França, a Espanha e a Itália. A pesquisa, levada a cabo por Eurisko com uma mostra de 650 pessoas dos três países, inclui também entrevistas em profundidade com lideres da Igreja Católica, buscados a esse propósito, dos três países, com uma avaliação final dos dados recolhidos.

O professor Diotallevi, sociólogo, diretor da investigação, explicou em uma coletiva de imprensa celebrada em Roma em 26 de junho que, nos 40 anos seguintes ao Concílio Vaticano II, a Bíblia «entrou massivamente nas famílias de muitos cristãos, em casas onde antes não estava. A pena é que em muitos casos fica fechada, é um objeto sagrado ao invés de um Livro sagrado».

A pesquisa põe de manifesto que a difusão e conhecimento do texto bíblico se dá sobretudo através da missa dominical. O cumprimento do preceito festivo se vê em primeiro lugar na Espanha, com 49% dos fiéis. Segue a Itália com 29%, e a França, com 26%.

Da pesquisa se deduz que, entre estes praticantes, 55% dos franceses lêem a Bíblia, 52% dos espanhóis e 42% dos italianos. Entre quem participa em leituras de grupo, 21% são franceses, 17% italianos e 12% espanhóis. Segundo os entrevistados, a homilia é o instrumento mais difundido para fazer conhecer a Bíblia.

O conhecimento dos fatos bíblicos continua sendo muito parcial, reconhece o estudo. Nas entrevistas se fizeram perguntas nas quais se pedia para indicar quem entre os santos eram autores de um evangelho; 32% indicaram São Pedro e 49%, São Paulo, pondo de destaque a confusão entre evangelista, apóstolo e autor de epístolas.

Segundo os entrevistados nos três países, «o aspecto mais positivo da Igreja» é a paróquia (46% espanhóis, 42% franceses, 39% italianos). Em segundo lugar se assinala o Papa (26% Espanha, 25% Itália e 17% França), e em terceiro lugar estão os grupos leigos (França 13%, Espanha 11%, Itália 8%).

«Da pesquisa — sublinhou Diotallevi — emerge um conhecimento religioso frágil e nulo», com porcentagem de 56% na Espanha, 47% na Itália e 44% na França, e uma alfabetização bíblica baixa: 30% Itália, 22% Espanha, 21% França.

Diotallevi concluiu precisando que «em geral se experimenta a importância da Bíblia, mas é necessário empreender iniciativas que promovam mais sua difusão e seu conhecimento profundo, e poderão ser mais eficazes se católicos, protestantes e ortodoxos sabem colaborar juntos».

Santa Sé pede na ONU não considerar migração uma ameaça, mas sim uma contribuição

VATICANO, 07 Abr. 06 (ACI) .- O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, o Arcebispo Celestino Migliore, pediu nesta quarta-feira na 39º sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento, não considerar o fenômeno migratório como uma “ameaça” mas sim se devem ver suas contribuições em áreas como a econômica e a trabalhista. O fenômeno da migração, disse o Núncio Apostólico, “às vezes é visto como uma ameaça e é manipulado em benefício de interesses políticos, a gastos dos direitos mais naturais de todos os seres humanos, como o direito à vida, à cidadania, ao trabalho e ao desenvolvimento”.

“Para os países receptores, o impacto econômico da migração internacional acostuma ser normalmente positivo. Embora a presença de imigrantes internacionais poderia ter um certo efeito negativo sobre os salários dos não imigrantes, ou poderia gerar desemprego quando os salários são rígidos, estes efeitos normalmente são pequenos em nível nacional. Ao médio e longo prazo, a emigração pode gerar emprego e produzir benefícios econômicos”, precisou.

Dom Migliore destacou que “a emigração de pessoal capacitado pode ser prejudicial para as perspectivas de desenvolvimento dos países de origem, sobre tudo para os pequenos países em desenvolvimento, que perdem muitos cidadãos qualificados. Entretanto, os emigrantes capacitados que mantêm laços com seus países de origem podem estimular a transferência de tecnologia e capital”.

“Devido ao baixo índice de natalidade, ?prosseguiu? três quartas partes do crescimento da população dos países desenvolvidos se deve aos emigrantes, e em 2030, o crescimento total das populações pode dever-se completamente à imigração. É necessário estudar o impacto social da emigração nos países com índices de natalidade cada vez mais baixos”.

Finalmente, o Arcebispo disse que “existe uma maior consciência de que a imigração não pode ser a única solução para os problemas demográficos e trabalhistas dos países que acolhem os imigrantes”.

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