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Papa: “Quem confia em si mesmo, e não em Deus, está fadado à infelicidade”

Papa Francisco

Cidade do Vaticano (RV) – O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou nas ideologias, está fadado à infelicidade: palavras do Papa na manhã desta quinta-feira, durante a Missa na Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Papa comentou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Jeremias, que declara “bendito o homem que se fia no Senhor”: “é como uma árvore plantada junto da água”, que não para de produzir frutos no ano da seca.

A nossa confiança está somente no Senhor, disse Francisco. Não precisamos de outras coisas, de outras ideologias. Do contrário, o homem se fecha em si mesmo, “sem horizontes, sem portas abertas e sem salvação”. É o que acontece ao rico do Evangelho, eu não percebeu que ao lado de sua casa havia um pobre. O pobre sabemos que se chamava Lázaro, mas o rico “não tem nome”:

E esta é a maldição mais forte de quem confia em si mesmo ou em suas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. Qual seu nome? Conta número tal, no banco tal. Qual seu nome? Muitas propriedades, muitas casas… Qual seu nome? As coisas que temos, os ídolos. É amaldiçoado o homem que confia nisso.

“Todos nós temos esta fraqueza – afirmou o Papa –, esta fragilidade de depositar as nossas esperanças em nós mesmos ou nos amigos, ou somente nas possibilidades humanas e nos esquecemos do Senhor. E isso nos leva ao caminho da infelicidade”:

Hoje, neste dia de Quaresma, nos fará bem questionar: onde está a minha confiança? No Senhor, ou sou um pagão que confio nas coisas, nos ídolos que fiz? Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘Eu? Eu, mim, comigo, para mim, somente eu? Para mim, para mim… sempre aquele egoísmo: ‘Eu’. Isso não nos dá a salvação.

Todavia, observou Francisco, “no final há uma porta de esperança” para os que confiam em si mesmos e “perderam o nome”:

No final, no final sempre existe uma possibilidade. E este homem, quando percebeu que tinha perdido o nome, tinha perdido tudo, tudo, levanta os olhos e diz um só palavra: ‘Pai’. E a resposta de Deus é uma só palavra: ‘Filho!’. Se alguns de nós na vida, de tanto confiar no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, por perder esta dignidade, ainda existe a possibilidade de dizer esta palavra que é mais do que mágica, é mais forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos, e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça que a todos nós dê a sabedoria de confiar somente Nele, não nas coisas, nas forças humanas, somente Nele”.

Quem confia no Senhor não teme as adversidades da vida, diz Papa

ROMA, domingo, 1º de agosto de 2010 (ZENIT.org) – A verdadeira sabedoria implica em confiar no Senhor, não vivendo apenas como se a existência dependesse das realidades passageiras.

Foi o que disse Bento XVI neste domingo ao meio-dia, ao rezar o Angelus com os peregrinos reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

Ao recordar o exemplo de santos como Inácio de Loyola, Afonso Maria de Ligório, Santo Eusébio e São João Maria Vianney, o Papa disse que esses foram homens que adquiriram um “coração sábio”.

Eles acumularam “o que não se corrompe” e descartaram “o que muda ao longo do tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efêmeros. Escolhendo a Deus, possuíram tudo o que foi necessário, saboreando, a partir da vida terrena, a eternidade”.

No contexto do Evangelho deste domingo, o Papa afirmou que o ensinamento de Jesus refere-se à verdadeira sabedoria.

“Jesus adverte os ouvintes quanto aos desejos de bens terrenos, com a parábola do rico insensato, que, tendo acumulado uma grande colheita e bens, deixaria de trabalhar e consumiria seus bens divertindo-se e iludindo-se de poder postergar a morte.”

“Mas Deus lhe diz: ‘Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará o que acumulaste?’”

Na Bíblia – afirmou o Papa –, o homem insensato “é aquele que não se dá conta, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas tudo passa: tanto a juventude, como a força física, as comodidades como as funções de poder”.

“Fazer depender a própria vida de realidades assim tão passageiras é, portanto, insensatez.”

“O homem que, pelo contrário, confia no Senhor, não teme as adversidades da vida, nem sequer a inelutável realidade da morte: é o homem que adquiriu um ‘coração sábio’, como os santos”, disse o pontífice.

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