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O significado dos Sacramentos

Autor: Carlos Caso-Rosendi
Fonte: http://www.primeraluz.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto

Para começar, devemos retornar aos tempos da Reforma Protestante, quando milhares de cristãos abandonaram a Igreja Católica para fundar grupos eclesiais separados da autoridade de Roma. A ideia original dos autoproclamados reformadores era formar uma só igreja separada do Papa. Contudo, rapidamente suas discordâncias e desavenças resultaram em divisões que continuam até os nossos dias. Da longa lista de diferenças e separações, existe algo que sobressai em particular: a questão dos sacramentos. Escrevo assim, com inicial minúscula, porque não estou me referindo aos Sacramentos cristãos de sempre, mas das diferentes concepções e definições que surgiram na era que se seguiu à Reforma alemã. Pode-se afirmar, de maneira geral e sem medo de errar em demasia, que o Protestantismo considera os sacramentos como meras representações simbólicas de uma realidade espiritual. Repassemos os sete Sacramentos da Igreja Católica, que são:

– Batismo
– Confirmação
– Eucaristia
– Penitência (ou Reconciliação)
– Matrimônio
– Ordenação Sacerdotal
– Unção dos Enfermos

UMA BREVE HISTÓRIA E DEFINIÇÃO

A maioria dos grupos eclesiais protestantes mantém o batismo e o matrimônio. Alguns praticam a “ceia do Senhor” e certa espécie de ordenação para o ministério [pastoral]. Confirmação, penitência e unção dos enfermos são menos praticados entre os cristãos separados. Pode-se afirmar que estes grupos eclesiais consideram seus sacramentos como gestos, votos ou testemunhos, cujo valor reside em simbolizar uma realidade espiritual. A pergunta que surge é: em que se diferenciam os Sacramentos católicos dos seus equivalentes no Protestantismo? A definição clássica no Catolicismo é esta: “Os Sacramentos são sinais externos da graça interna, instituídos por Cristo para a nossa santificação” (Catecismo Tridentino, nº 4, ex S. Aug.”De catechizandis rudibus”). Esta definição sucinta nos transmite primeiramente o conceito de Sacramento como “sinal”, ou seja, um sinal que significa ou evidencia algo. Neste caso, o sinal sacramental evidencia uma realidade da graça de Deus que nem sempre está evidente aos sentidos.

A diferença entre o conceito católico e o protestante está na apreciação da realidade que subjaz ao sinal: para o católico, o sinal é a evidência de algo que não pode ser facilmente visto, como, por exemplo, as pintinhas vermelhas na face de uma criança nos dão a evidência de que está com sarampo, que é uma realidade à qual o sinal está sujeito, realidade que não pode existir separada do sinal. Para o protestante em geral, o sinal é puramente simbólico, como o uniforme desportivo que identifica um atleta em uma competição. Dessa maneira, para o protestante, o batismo é um testemunho ao mundo de sua fé em Cristo; para o católico, o Batismo não somente é testemunho como também o início de um processo regenerativo que conduz a pessoa à sua plenitude em Cristo. Tanto o sinal (isto é, a aspersão) quanto o processo de regeneração que se segue são partes inseparáveis do Sacramento.

AS RAÍZES DO SIGNIFICADO

Quando nos comunicamos, fazemos uso de sinais. Por exemplo: este mesmo artigo que você está lendo agora não poderia ser compreendido se não existissem vários sistemas de comunicação simbólica. Os dois mais evidentes são: o alfabeto latino e o idioma português. Ambos colaboram para que você e eu possamos nos comunicar neste momento. Também estamos usando a Internet e toda uma série de protocolos e meios de comunicação; mas, para não complicarmos muito, vamos reduzir ao mais essencial: o alfabeto e o idioma.

Quando eu descrevo um conceito, por exemplo, “Arco do Triunfo em Paris”, a imagem do famoso monumento nos vem à mente. Primeiro começamos com o “a”, que representa um som, e logo acrescentamos mais letras até completar uma palavra; a seguir vem outra; e mais outra… Assim, invocamos em umas tantas palavras a um objeto real que existe em Paris. Como é de se imaginar, nenhum de nós – espero! – acredita possuir um Arco do Triunfo dentro da cabeça. No entanto, somos capazes de recordar essa realidade que vimos antes em um livro, ou em filme, ou – para alguns felizes viajantes – pessoalmente. Em suma: invocamos a um símbolo que nos refere a uma realidade.

Poderíamos mudar um pouquinho e dizer desta vez: “O Arco do Planeta Marte”. Como nenhum de nós sabe [da existência] de semelhante Arco, resta à imaginação de cada um resolver como o veria na realidade. E por mais que falemos acerca desse monumento inexistente, nunca existirá em Marte, exceto que alguém o construa. Em poucas palavras: falta-nos o elemento comum a representar; a realidade que estamos tentando representar ainda não existe. Os humanos apenas podem usar a palavra para invocar algo já existente.

É esse o caso com Deus? Lemos em Gênesis: “E Deus disse: ‘Faça-se a luz’ e a luz se fez”. O maravilhoso disto que acabamos de ler é que a mera invocação por Deus de uma realidade inexistente faz com que essa realidade “seja”. De fato, nós, cristãos, cremos que Deus é tão real que Sua própria Palavra é uma Pessoa: Deus Filho. Na fé cristã, a Memrah da fé hebraica se torna manifesta ao mundo na pessoa de Cristo, o Logos, o Verbum Dei, a Palavra de Deus.

O que apreciamos aqui é a diferença entre Criador e criatura: Deus é e ao mesmo tempo causa com que outras coisas sejam, iniciando ex nihilo, a partir do nada. O “meio” que Deus emprega é sua Palavra – assim como nós, para invocarmos um conceito como o Arco do Triunfo, usamos primariamente o alfabeto – Deus se vale do Alfa e Ômega, Jesus Cristo.

Chegando neste ponto, você se perguntará por que trago tudo isto aqui. Todos nós sabemos que não podemos criar como Deus faz, mediante nomear algo e a partir do nada. Eis aí a diferença fundamental entre o Criador e a criação. Não aprendemos nada de novo, exceto, talvez, que podemos apreciar o seguinte: as representações de Deus não são apenas símbolos, mas ingressam na realidade como uma nova criação, sem a mediação anterior de algo que as represente. E o que isto tem a ver com os Sacramentos? Absolutamente tudo!

OS SACRAMENTOS: UM DOM DE DEUS

Quando nossos primeiros pais desobedeceram a ordem de Deus, toda a natureza começou a se degradar. A terra produziu cardos e espinhos; o corpo do homem e da mulher começaram sua lenta declinação à velhice e à morte. Pode-se dizer que o pecado original começa a destruir a criação que Deus havia declarado boa.

Após a desobediência, Deus se faz presente no Jardim que havia dado ao homem para viver. A visita não é de surpresa, pois constatamos na Escritura que Deus “passeava pelo Jardim na parte arejada do dia”. Deus aparece no horto à hora de costume. Não nos esqueçamos que Deus é Deus e que nada pode surpreendê-Lo. Ele já sabia que o homem havia desobedecido. O homem, no entanto, ao ouvir a voz de Deus no horto, se enconde porque algo lhe diz em seu interior que “está nu”, que não está com pureza suficiente para aparecer diante de Deus. A presença de Deus é real para o homem Adão e essa realidade deixa-o perturbado. Notemos isto na frase do homem: “Ouvi tua voz no horto e me escondi porque estava nu”. Novamente a voz de Deus, a Palavra proferida, tem um efeito direto no mundo natural – neste caso, o de tornar manifesta a falta de santidade do homem desobediente. Mas agora, inverte-se a função: a voz de Deus não cria coisas novas, mas coloca em evidência a desordem que ingressou na Criação através do pecado.

Refletindo um pouco na intenção de Deus, observamos que o pecado começou a revelar um aspecto da pessoa de Deus que o universo não conhecia: Sua misericórdia! Por que digo isto? Porque Deus, conhecendo a injustiça que havia sido cometida, não executa a justa sentença prometida, mas “pretende” por um instante, não saber de nada do que havia ocorrido até tornar-Se manifesto ao homem. A seu tempo, Deus deve expulsar o homem do Jardim, mas não sem antes dar-lhe peles para se abrigar e não sem prometer que, a partir desse mesmo momento, começa a trabalhar na Redenção da raça humana que está para nascer. De certa forma, estas duas ações de Deus são formas incipientes dos Sacramentos que virão muitos séculos depois, a partir da Cruz. A Misericórdia Divina provê abrigo e sobrevivência para os desobedientes do Éden. De maneira semelhante, os Sacramentos operam como um refúgio ao qual podemos acudir para nos sustentar; refúgio de Deus para aqueles que simplesmente não podem ser santos suficientemente para comparecer à Sua presença.

OS SACRAMENTOS: PODER DE DEUS

Frequentemente ouvimos dizer que os Sacramentos “levam a cabo o que significam e significam o que levam a cabo”. Esta definição parece-lhe familiar? Espero ter-lhe feito recordar da ação criadora de Deus no Gênesis quando disse: “‘Faça-se a luz’ e a luz se fez”. Os Sacramentos compartilham da ação criadora de Deus essa “efetividade imediata” que faz com que as coisas “sejam”, ainda que não tenham existido até então. Com a mesma efetividade, os Sacramentos são os instrumentos de Deus nesta nova criação em que o cristão é transformado em uma “nova criatura” capaz de herdar a Vida Eterna e ver Deus face a face sem perecer. Quando recebemos o Batismo, recebemos aquilo que os primeiros Padres da Igreja chamavam de “magnífico selo” da salvação. Nossa alma começa a ascensão a Deus, até então impossível. Quando recebemos do sacerdote a absolvição dos nossos pecados, um milagre ainda mais assombroso que o da ressurreição de Lázaro ocorre no confessionário: uma alma perdida por efeito do pecado é renovada e readmitida à presença divina. Coisas semelhantes podem ser ditas de cada um dos Sacramentos e é bom refletir sobre cada um deles e perceber como o poder e a misericórdia divinos agem em cada Sacramento em particular, transformando as almas dos fiéis, ordenando e limpando, regenerando e iluminando, para cumprir as palavras de Jesus a São João: “Observa! Estou fazendo novas todas as coisas!”. Algo muito mais espantoso que a primeira Criação material está ocorrendo dentro de nós mesmos: “O Reino dos Céus está entre vós!”

TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS

Encontramos esta frase no Novo Testamento, geralmente como reação a um milagre: “E os que estavam ali presentes davam glória a Deus por ter dado semelhante poder aos homens”. Deus, ao nos dar os Sacramentos na Igreja, tem querido que o homem participe na tarefa da Criação. Graça sobre graça, misericórdia sobre misericórdia, o homem perdido recebe outra vez sua volta ao abrigo divino, desta vez magnificado infinitamente, pois o mantém a salvo da morte eterna e não somente do frio.

É necessário meditar uma e outra vez sobre estás dádivas para não rejeitá-las de pronto e, com isso, deixar de prestar a Deus o agradecimento e a glória que Ele merece, por todo o bem que faz para nós. Aqueles que pensam – em sua ignorância – que podem reorganizar estas coisas a seu próprio gosto e prazer, se equivocam completamente. Os Sacramentos não são meros símbolos, mas são dons de Deus, poder de Deus, ação real de Sua graça que nos redime, educa, alimenta, forma e fortalece.

Ninguém espere um dia estar de pé na corte de Deus se quer se dar ao luxo de ignorar os Sacramentos que Deus nos tem dado em Sua Igreja.

“Observa! Estou fazendo novas todas as coisas!” (Apocalipse 21,5).

CNBB impulsiona Projeto 1 Milhão de Bíblias

Secretário do organismo visita o Estado do Pará para entregar material

BRASÍLIA, terça-feira, 24 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, está em Abaetetuba (Pará, norte do país), para entregar kits do “Projeto 1 Milhão de Bíblias”.

Nesta terça-feira, o bispo visita a sede do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá) para divulgar a campanha.

Desenvolvida em parceria com a Comissão para a Missão Continental no Brasil, a campanha faz parte do projeto “O Brasil na Missão Continental”, que tem por objetivo entregar kits (Bíblia Infantil, Catecismo, ABC da Bíblia) para todos que não têm condições de comprar.

O tema da campanha é “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e o lema “Discípulo e servidores da Palavra de Deus”.

A arquidiocese de Belém e as demais dioceses do Regional Norte 2 fizeram levantamento a partir desse projeto de evangelização e apresentaram números de quantas Bíblias precisariam receber. Só na diocese de Abaetetuba, por exemplo, foram entregues dez mil, segundo informa a CNBB.

Segundo os organizadores do projeto, alguns Regionais da Conferência episcopal terão prioridade no atendimento para receber os kits. Trata-se de localidades no norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. O Regional Nordeste 4 (Piauí), foi o primeiro a receber o projeto. A Campanha foi lançada no dia 6 de março deste ano, em Teresina.


Este sábado se inicia exibição do Santo Sudário em Turim

VATICANO, 09 Abr. 10 / 11:20 am (ACI).- Este sábado 10 de abril se inicia na Catedral da cidade italiana de Turim a exibição do Santo Sudário. Este importante evento concluirá em 23 de maio e terá entre seus visitantes o Papa Bento XVI quem presidirá uma Solene Eucaristia no domingo 2 de maio na Praça de São Carlos.

Nos dias da exibição, a Missa se celebra na Catedral, diante do Sudário, cada manhã às 7:00. Ao final, rezarão as laudes. O Santíssimo Sacramento fica exposto na penitenciaria, no Palazzo Chiablese ao longo de toda a jornada. A capela está reservada à oração silenciosa e à adoração eucarística.

Na mesma penitenciaria estarão sacerdotes para administrar o sacramento da Reconciliação. Desde o final da Missa até às 8:00 p.m. o percurso está aberto à visita do Sudário. Para isso é indispensável ter feito a reserva através da Web: www.sindone.org

Também será possível chegar à catedral entrando pela porta central, mas desde ali só será possível ver o Sudário de longe. O espaço da abóbada central está reservado à oração e à reflexão silenciosa. De noite, segundo o que se indicará no calendário, a catedral poderá ficar aberta para acolher celebrações particulares ou iniciativas culturais de caráter religioso.

Alguns dados

Uma sólida tradição demonstra que o Santo Sudário de Turim é o sudário que envolveu o corpo de Jesus Cristo depois de sua morte. Esta é uma peça de linho tecida que mede 4,37 metros de comprimento e 1,11 de largura.

O manto leva a imagem detalhada da frente e as costas de um homem que foi crucificado de maneira idêntica a Jesus de Nazaré conforme descrevem as Escrituras.

O manto está em Turim, Itália, desde 1578 e é posto em exposição pública aproximadamente uma vez por cada geração.

Com o fim de determinar o modo como a imagem foi impressa no Lençol, mais de 1000 investigações científicas das mais diversas especialidades foram realizadas e se tomaram 32 mil fotografias.

No sítio www.sindone.org se recolhem os textos e as informações relativas a todos os aspectos da organização da exibição.

Realizamos as obras típicas da fé católica?

Catolicismo não pode se diluir num discurso genérico, diz cardeal

SÃO PAULO, quarta-feira, 16 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os fiéis a praticarem as obras típicas da fé católica, evitando assim que o catolicismo fique diluído num discurso genérico.

Dom Odilo recorda –em artigo desta semana no jornal O São Paulo— que os muçulmanos “estão na conclusão do mês do jejum sagrado (Ramadã), durante o qual praticam o jejum, rezam com mais intensidade, vão às mesquitas ouvir as pregações e realizam outras atividades religiosas”.

“Algo semelhante àquilo que os católicos são convidados a fazer durante a Quaresma… Isso nos questiona, se nós também realizamos as obras da fé típicas da fé católica, e não apenas durante a quaresma, mas habitualmente?”, questiona.

O arcebispo considera que algumas práticas da fé católica “precisam ser recuperadas, se não queremos que o catolicismo fique diluído num discurso genérico, talvez até bonito”.

Como exemplo, cita a santificação do domingo e a missa dominical. “Indo à igreja, damos testemunho público de nossa fé em Deus, alimentamos a vida cristã na oração, na escuta da Palavra de Deus e na Eucaristia e nos animamos para a vivência da esperança e da caridade. Mas também o exercício diário da oração, como é ensinado pela Igreja e de acordo com as devoções católicas. E ler a Bíblia, Palavra de Deus, com o interesse de quem quer ouvir Deus”.

Segundo o cardeal, “a fé católica, sem a caridade, não é autêntica”; por isso, “ela precisa ser traduzida nas práticas cotidianas de caridade para com o próximo”. “A esmola, a ajuda concreta aos necessitados, o alívio das dores de quem sofre, o empenho pela justiça social e a defesa da dignidade da pessoa e de seus direitos, tudo isso são expressões concretas da fé, que opera pela caridade”.

“A Igreja recomenda, de maneira sábia, a prática das obras de misericórdia, que dão um caráter concreto à nossa fé: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir quem está sem roupa; abrigar os que não têm teto; visitar os doentes e os presos, consolar os aflitos, sepultar os mortos…”

“Ainda recordamos essas coisas, ou achamos que são atitudes ‘assistencialistas’ e, com isso, nos damos por justificados?”, pergunta Dom Odilo. “Mas essas são justamente as obras cobradas no capítulo 25 de S. Mateus, na cena do grande julgamento final, quando Jesus dirá: ‘foi a mim que o fizestes… ou não o fizestes'”. “Por falar nisso –prossegue o arcebispo–, quando foi a última vez que dei uma esmola a alguém? Ou visitei um doente? Um preso? Quando foi que socorri alguém necessitado?”

O Papa faz 82 anos “procurando levar os homens a Deus”

Papa Bento XVI VATICANO, 16 Abr. 09 / 10:56 am (ACI).- O Papa Bento XVI completa esta quinta-feira 82 anos, “procurando levar os homens a Deus”, conforme explicou o Diretor da Sala de Imprensa  da Santa Sede, o Pe. Federico Lombardi,SJ.

O Pontífice celebra seus 82 anos no palácio apostólico de Castel Gandolfo, a poucos quilômetros de Roma onde transcorre um breve período de descanso depois dos ritos de Semana Santa.

O Pe. Lombardi expressou sua felicitação ao Papa manifestando o desejo de que “possa continuar exercendo durante muitos anos seu ministério, que é um ministério profundo de ajuda aos homens e mulheres para encontrar a Deus”.

“O centro de sua preocupação é levar aos homens a Deus e Deus aos  homens através de um grande amor pessoal por Cristo”, disse o Pe. Lombardi; e assinalou que “apesar da atitude crítica necessária ao redor de tantos aspectos negativos da cultura ou da mentalidade de hoje, no fundo, a mensagem que quer dar é uma mensagem de amor, uma mensagem para o bem do ser humano e que é a reconciliação com Deus e com todos os habitantes da terra”.

Joseph Aloysius Ratzinger, nome de batismo de Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn (Bavária, Alemanha) em 16 de abril de 1927. Desde 1946 a 1951, ano em que foi ordenado sacerdote (29 de junho) e iniciava sua atividade de professor, estudou filosofia e teologia na universidade de Munique e na escola superior de Filosofia e Teologia de Freising. Em 1953 se doutora em Teologia com a dissertação “Povo e casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho”. Quatro anos depois obtinha a cadeira com seu trabalho sobre “A Teologia da História de São Bonaventura”.

Depois de conseguir o cargo de Dogmática e Teologia Fundamental na escola superior de Filosofia e Teologia de Freising, prosseguiu o ensino em Bonn, de 1959 a 1969, Münster de 1963 a 1966 e Tubinga, de 1966 a 1969. Neste último ano passou a ser catedrático de Dogmática e História do Dogma na Universidade de Regensburgo e vice-presidente da mesma universidade. Em 1962 contribuiu uma notável contribuição no Concílio Vaticano II como consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, arcebispo de Colônia.

Paulo VI o nomeou Arcebispo de Munique em 24 de março de 1977 e o criou cardeal em 27 de junho de 1977. Em 1981 João Paulo II o nomeou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Foi também presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Pontifícia Comissão Teológica Internacional e  decano do Colégio Cardenalicio.

Em 19 de abril de 2005, segundo dia do conclave, foi designado Papa.

Em uma entrevista concedida a Rádio Vaticano a propósito do aniversário, o Padr Lombardi destacou que em apenas um ano “o Papa esteve na América, nos Estados Unidos, nas Nações Unidas. Esteve na Austrália para a Jornada Mundial da Juventude. Na França e, finalmente, em África, faz poucas semanas”.

“Percorreu quatro continentes em um ano e todas estas viagens foram notáveis pela acolhida, pela eficácia com que sua mensagem foi recebida também por parte de públicos completamente distintos do ponto de vista cultural e de sua situação. Por isso diria que o Papa viveu a dimensão universal de seu ministério de forma extremamente eficaz, no curso deste ano”, assinalou.

Momentos difíceis

Sobre os momentos delicados e difíceis neste último ano de Pontificado, o Padre Lombardi considerou discussões com motivo da remissão da excomunhão aos quatro bispos ordenados por Marcel Lefebvre e o caso Williamson.

“Como o viveu o Papa? Vemo-lo com a Carta que ele mesmo escreveu aos bispos de todo o mundo, que é um documento extraordinário, um documento muito pessoal, intenso, em que vemos como ele confronta uma situação de tensão dentro da Igreja e também em relação com a cultura circunstante. Confronta-a substancialmente colocando novamente em claro as prioridades de seu pontificado, reconduzir aos homens a Deus e Deus aos homens, e destacando os critérios evangélicos com os quais tomou esta iniciativa da remissão da excomunhão, como um gesto de misericórdia, inspirando-se nas palavras do Evangelho:  reconcilie-se com seu irmão. Diria que nos deu um testemunho muito intenso como homem de fé, como pastor que guia a Igreja com critérios de pura fé e grande caridade e responsabilidade espiritual em relação com o povo de Deus e da humanidade de hoje”, indicou.

A Intercessão dos Santos

Introdução

Desde os tempos apostólicos a Igreja ensina que os que morreram na amizade do Senhor, não só podem como estão orando pela salvação daqueles que ainda se encontram na terra. Tal conceito é conhecido como a intercessão dos santos.

A Doutrina

Sobre a doutrina da intercessão dos santos, o Catecismo da Igreja Católica ensina:

“Pelo fato que os do céu estão mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a toda a Igreja na santidade… Não deixam de interceder por nós ante o Pai. Apresentam por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, os méritos que adquiriram na terra… Sua solicitude fraterna ajuda, pois, muito a nossa debilidade.” (CIC 956)

Por tanto para a Igreja Católica, os santos intercedem por nós junto ao Pai, não pelos seus méritos, mas pelos méritos de Cristo Nosso Senhor, o único Mediador entre Deus e os homens.

«Compêndio» do Catecismo da Igreja Católica na internet

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 20 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Antes que se cumpra o primeiro ano desde a sua publicação, o «Compêndio» do Catecismo da Igreja Católica já está ao alcance de qualquer pessoa na internet.

O volume, que neste ano foi o livro católico mais vendido no mundo inteiro depois da encíclica «Deus caritas est», está on-line no site da Santa Sé em espanhol, alemão, francês, italiano, português e romeno.

Um link, na página de início após ter escolhido o idioma preferido (www.vatican.va), permite consultar o volume que apresenta, em 598 perguntas e respostas, a fé católica.

Endereço direto em língua portuguesa: Clique aqui.

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