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«Ele está no meio de nós!» – Dom Murilo S.R. Krieger, scj

Arcebispo de Florianópolis (Brasil)

FLORIANÓPOLIS, terça-feira, 23 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos artigo de Dom Murilo S.R. Krieger, scj, arcebispo de Florianópolis (SC), sobre o 15º Congresso Eucarístico Nacional brasileiro, realizado em sua arquidiocese de 18 a 21 de maio passados.

Ele está no meio de nós!

Dia 21 de maio passado, encerrou-se o 15º Congresso Eucarístico Nacional. Ao longo dos últimos anos, havíamos nos preparado para transformar Florianópolis no grande altar do Brasil. Nessa preparação, cresceu em nosso coração uma certeza: “Ele está no meio de nós!” Sim, Jesus Cristo, o grande dom do Pai, está presente no mundo e na Igreja de diversas formas, mas está presente de modo especial na Eucaristia. Trata-se não de um dom a mais, embora precioso, mas daquele que é “o dom” por excelência, porque dom de Jesus Cristo mesmo, de sua pessoa.

“Vinde e vede”. Milhares de pessoas aceitarem o convite de Jesus Cristo e vieram a Florianópolis para participar deste momento especial na vida da Igreja no Brasil. Terminado o Congresso, cada qual voltou para sua casa com mil lembranças na mente e muitas saudades no coração. E o que levaram? Que conseqüências o 15º CEN poderá ter em suas vidas? Qual sua contribuição para a vida da Igreja no Brasil?

Dentre as iniciativas que, espero, nasçam desse Congresso Eucarístico, destaco algumas:

1º – Que saibamos testemunhar com mais entusiasmo a presença de Deus no mundo. Há grupos e forças poderosas que, abertamente, tentam destruir toda e qualquer idéia de Jesus Cristo – e isso quando não tentam destruir a própria pessoa de nosso Mestre e Senhor, mesmo que precisem, para atingir tais objetivos, atacar, caluniar e mentir. De nossa parte, não podemos ter medo ou vergonha de falar de Deus e de defender os valores do Evangelho.

2º – Que nossa espiritualidade seja profundamente eucarística. Como Cristo, devemos aprender a nos doar aos outros, indo especialmente ao encontro dos que sofrem privações, dos famintos, doentes e solitários, dos desempregados, migrantes, abandonados.

3º – Que redescubramos o valor do domingo como dia do Senhor e da Igreja, dando nele uma atenção ainda maior à participação na santa Missa. É preciso que sintamos necessidade do Pão “descido do céu”, para enfrentar o cansaço da caminhada diária. “Participar na celebração dominical e alimentar-se do Pão eucarístico é uma necessidade para o cristão, que deste modo pode encontrar a energia necessária para o caminho que deve percorrer” (Bento XVI, 29.05.05).

4º – Que seja mais valorizada, em nossas paróquias, a adoração eucarística fora da Missa. Será importante que se multipliquem esses momentos em que, prostrados diante de Jesus presente na hóstia consagrada, reparemos com fé e amor a indiferença e os ultrajes cometidos contra esse sacramento;

5º – Que saibamos dar o devido valor às equipes litúrgicas de nossas comunidades e acreditemos na necessidade de uma adequada preparação de nossas celebrações. Da fidelidade às prescrições litúrgicas, da escolha de cantos adequados, de leitores bem preparados etc. depende uma maior participação por parte do povo, que perceberá melhor a grandeza do mistério que estará celebrando.

Muitos outros frutos poderão nascer do Congresso Eucarístico de Florianópolis. O amor e a criatividade de cada congressista ou de quem o acompanhou o Congresso pelos meios de comunicação poderão fazer surgir outras iniciativas.

Quando os bispos, os sacerdotes e diáconos, os religiosos e as religiosas, os cristãos leigos e leigas vindos de todo o Brasil retornaram para suas cidades, um pouco de Florianópolis e muito de Santa Catarina foi com eles. O compromisso que todos levaram no coração é o mesmo: testemunhar que “a Igreja vive da Eucaristia”. Para os que ainda não descobriram isso, é apropriado renovar o convite: “Vinde e vede!”.

Dom Murilo Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis (SC)

Papa exorta a viver maior adesão a Jesus nas celebrações pascais

VATICANO, 12 Abr. 06 (ACI) .- Na catequese da Audiência Geral, celebrada hoje na Praça de São Pedro, diante de 40 mil pessoas, o Papa Bento XVI fez uma iluminadora recapitulação de cada um dos dias que conformam o Tríduo Pascal e exortou a todos os fiéis a acender em seu interior um maior desejo de adesão a Jesus e a segui-lo de modo generoso. Ao referir-se ao Tríduo Pascal, o Santo Padre afirmou que se trata de ?dias dispostos a acrescentar em nós um mais vivo desejo de adesão a Cristo e de segui-lo generosamente, conscientes do fato de que Ele nos amou até dar sua vida por nós?.

Sobre a Quinta-feira Santa, o Pontífice disse que ?se comemora a entrega total que Cristo fez de Si à humanidade no sacramento da Eucaristia?.

Do mesmo modo, o Papa acrescentou que ?esta singular jornada se fecha com a Adoração eucarística, na memória da agonia do Senhor no horto Getsêmani. Ainda hoje o Senhor nos diz: ?Orai e vigiai comigo?. E vemos também nós, discípulos de hoje, como freqüentemente adormecidos. Esta foi para Jesus a hora do abandono e da solidão, a que segue, no coração da noite, a prisão e o início do doloroso caminho para o Calvário?.

Bento XVI prosseguiu sua meditação com a Sexta-feira Santa, ?dia de jejum e penitência, tudo orientado à contemplação de Cristo sobre a Cruz?.

?No mistério do Crucificado ?continuou- realiza-se aquele dirigir-se de Deus contra si mesmo no qual Ele se doa para elevar o homem e salvá-lo; amor em sua forma mais radical?.

Fazendo depois referência ao Sábado Santo, o Santo Padre disse que neste dia ?a Igreja, unindo-se espiritualmente a Maria, permanece em oração diante do sepulcro. Avançada a noite começará a Vigília Pascal, durante a qual em cada igreja o canto contente do Glorifica e do Aleluia pascal se elevará do coração dos novos batizados e de toda a comunidade cristã, contente porque Cristo ressuscitou e venceu a morte?.

Mais adiante, o Santo Padre convidou à participação no sacramento da Reconciliação, uma espécie de ?morte e ressurreição para cada um de nós?. ?Somos conscientes de ser pecadores -disse-, mas confiamos na misericórdia divina. Reconciliemo-nos com Cristo para desfrutar, com mais intensidade, da alegria que nos comunica com sua ressurreição?.

?O perdão que nos vem doado por Cristo no sacramento da Penitência é fonte de paz interior e exterior e nos faz apóstolos de paz em um mundo onde continuam as divisões, os sofrimentos e os dramas da injustiça, do ódio e da violência, da incapacidade de reconciliar-se para recomeçar de novo com um perdão sincero?.

A celebração da morte e a ressurreição de Cristo, concluiu Bento XVI, ?nos dá a certeza de que o mal não tem a última palavra: confortados por esta certeza poderemos trabalhar, com mais força e entusiasmo, na construção de um mundo mais justo?.

Em seguida, o Santo Padre leu um resumo de sua meditação em diversas línguas, entoou o Pater Noster e deu a Bênção Apostólica.

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