Autor: Pe. Juan Carlos Sack
Fonte: http://www.apologetica.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– “No caso do suposto milagre da hóstia, nosso sentido nos diz que esse elemento continha sendo o mesmo pão, de modo que a nossa vista e qualquer um dos nossos sentidos não percebem o suposto milagre na substância. Nossa fé não é cega” (Guillermo Hernández Agüero, evangélico).

– “O aparente pão não é pão (ainda que o seja para o paladar), mas corpo de Cristo; e o aparente vinho não é vinho (ainda que o paladar o queira), mas sangue de Cristo” (São Cirilo de Alexandria, Bispo, Século IV).

– “O que vedes é o pão e o cálice, que é também o que dizem os vossos olhos; porém, naquilo que vossa fé pede para ser instruída, o pão é o corpo de Cristo e o cálice, o sangue de Cristo (Santo Agostinho, Bispo, Século IV).

[Dando continuidade a esta Série, abordaremos hoje, brevemente, os testemunhos dos Papas Dâmaso I e Sirício I, e também o antigo documento conhecido como Ambrosiaster].

DÂMASO

Papa, ocupou a sé de Pedro de 366 a 384. Encomendou a São Jerônimo a tradução [latina] das Escrituras. Poeta, são conservados numerosos epitáfios que compôs para os túmulos dos mártires.

Para o túmulo do jovem mártir da Eucaristia, São Tarcísio, mandou escrever estas palavras:

– “Quando uma mão insana oprimia São Tarcísio, / portador dos sacramentos de Cristo, / para que os expusesse ao profano, / ele preferiu dar a sua vida em meio aos ferimentos / do que entregar aos cães raivosos os membros celestes” (Epigrammata Damasiana, ed. A. Ferrua, 15, PL 13,392).

SIRÍCIO

Eleito papa em 384. Grande amigo de Santo Ambrósio. Consagrou a  basílica de São Paulo em Roma.

No ano 385 proibiu os apóstatas de se aproximarem dos sacramentos eucarísticos, dizendo-o desta forma:

– “Ordenamos que estes (=os apóstatas) se afastem do corpo e do sangue de Cristo, pelos quais, em outro tempo, ao renascerem, tinham sido redimidos” (Epístola a Himério 3,4).

AMBROSIASTER

Assim é conhecido um autor cujo nome autêntico é para nós desconhecido. Comentou todas as cartas de São Paulo, com exceção a dos Hebreus. É considerado um dos melhores comentários até a época do Renascimento. Sua doutrina, salvo as inclinações milenaristas, sempre foi tida por ortodoxa por toda a Igreja.

Comentando o texto de Paulo sobre a Eucaristia, escreveu:

– “Já que fomos libertados pela morte do Senhor, recordando esta realidade, ao comermos e bebermos a carne e o sangue que foram oferecidos por nós, queremos significar que neles adquirimos o Novo Testamento” (Sobre 1Coríntios 11,26,1).

– “Recebemos o místico cálice de sangue para a defesa do nosso corpo e alma, pois o sangue do Senhor redimiu o nosso sangue, isto é, salvou o homem inteiro; pois a carne do Salvador para a salvação do corpo e do sangue foi derramado pela nossa alma” (Sobre 1Coríntios 2).

Leia também as outras partes da série especial sobre a Eucaristia